| 29/01/2001 20h03min
Passados 25 dias da destruição de duas pontes na fronteira dos municípios de Aceguá, no Brasil, e Melo, no Uruguai, sob a alegação de combater o contrabando vindo do Brasil, mais uma travessia foi interrompida. Desta vez o corte aconteceu na ponte sobre o arroio Jaguarão Chico, que faz divisa entre os dois países, em uma propriedade privada. A operação foi realizada durante noite, por volta das 5h30min da última sexta-feira. Localizada a cerca de 17 quilômetros da sede de Aceguá, na localidade de Maria Castelhana, a propriedade com cerca de 350 hectares têm um terço de sua extensão dentro do território uruguaio. Com a destruição da passagem, o trajeto entre as duas sedes da estância, uma no Brasil e outra no Uruguai, que era de apenas quatro quilômetros aumentou em oito vezes. Pelos rastros deixados no local, como abertura de picadas e marcas de botas, é provável que os militares tenham seguido o leito do arroio para entrar na propriedade. A ponte tinha em torno de 20 metros de comprimento e era feita de tábuas com cerca de 15 centímetros de largura. Na entrada da estância pelo Uruguai, o Exército sustenta um acampamento há pelos menos três meses, desde que foram descobertos os focos de aftosa no interior gaúcho e na fronteira com Brasil, em Artigas, Departamento de Rivera.
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