| 27/01/2001 21h05min
A pergunta que persegue os organizadores do Fórum Social Mundial é uma só: será lançado um documento com as principais conclusões ou propostas do encontro em Porto Alegre? Por enquanto, a resposta é uma incógnita. Presidente da francesa Ação pela Tributação das Transações Financeiras em Apoio aos Cidadãos (Attac), que integra o comitê organizador do Fórum, Bernard Cassen, chega a sugerir pontos consensuais: medidas para livrar os países pobres do passivo da dívida externa e a adoção da taxa Tobin, uma espécie de pedágio cobrado dos capitais financeiros especulativos. O governador Olívio Dutra, em entrevista coletiva na tarde deste sábado, também inclui em sua "carta pessoal" do Fórum Social a taxação sobre os capitais. Olívio defende ainda maior controle público sobre os governos e democratização do acesso ao conhecimento científico e tecnológico. Mas o governador está afinado com o comitê organizador, que deve definir se o documento é fundamental ou não: – O Fórum não precisa dar um receituário. Outra pendência que pode ser resolvida até terça-feira, fechamento do evento, é a sede da segunda edição do Fórum. Porto Alegre é candidata para 2002, mas Cassen avalia que a opção pode ser por outro lugar do mundo para "mobilizar pessoas diferentes". Certo é que a organização da Capital causou boa impressão. – Estamos muito satisfeitos – comenta o francês da Attac. Mais informações sobre o evento no especial Fórum Social Mundial.
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