O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, é quem vai dar a palavra final sobre o subteto do Judiciário estadual na reforma da Previdência. A afirmação é do vice-líder do governo, deputado Luiz Carlos da Silva, o Professor Luizinho (PT-SP), após reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Maurício Corrêa, e o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP).

Professor Luizinho disse que ainda não foi definido o índice para o subteto. Maurício Corrêa afirmou, ao sair da reunião, que vai fazer um apelo aos magistrados para que suspendam a proposta de greve. Nesta quinta, dia 31, Lula deverá se encontrar com lideranças partidárias na Câmara.

Nessa terça, dia 29, o relator da reforma da Previdência, José Pimentel (PT-CE), já havia sinalizado que deve haver um entendimento para aumentar o subteto dos juízes estaduais de 75% para 85% do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O percentual, discutido durante uma reunião entre Pimentel e o presidente do STF é bem mais perto da reivindicação dos 90,25% pedido pelos magistrados.

Pimentel declarou que há um entendimento com o Supremo de que os supersalários pagos a servidores do Judiciário nos Estados estão com os dias contados independentemente do percentual a ser fixado para o salário da magistratura estadual.

Essa também é uma das reivindicações dos magistrados federais. Segundo eles, não é correto que juízes estaduais recebam mais do que os ministros do Supremo, cujo salário é de cerca de R$ 17 mil. Alguns magistrados estaduais chegam a receber R$ 50 mil.

Com informações são da Agência Brasil e Zero Hora.