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Em seu segundo dia, o movimento de greve dos servidores públicos deu sinais fracos de avanço, com o feriado em São Paulo e a pouca adesão em Brasília. As entidades coordenadoras da paralisação avaliam, no entanto, que o número de grevistas subiu substancialmente em outros Estados nesta quarta, dia 9. Os servidores protestam contra a reforma da Previdência e reivindicam a retirada da proposta que já tramita no Congresso.
Segundo disse Eliseu Lima, um dos dirigentes da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Públicos Federal (Condsef), o movimento cresceu em alguns lugares como Piauí, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Ceará e Pará. Ele afirma que a greve está dentro da expectativa, e acredita que a partir de segunda ela estará bem fortalecida.
Líderes da paralisação afirmaram que os percentuais de adesão subiram de 45% para 50%. O Ministério do Planejamento, por sua vez, calculou que estejam parados entre 35% e 40% dos funcionários – nessa terça, dia 8, primeiro dia da greve, estimava que entre 30% e 40% da categoria estivesse paralisada.
Os funcionários do Banco Central, que na terça decidiram-se por uma paralisação de 24 horas, voltaram ao trabalho nesta quarta. O crescimento aconteceu principalmente entre servidores da Previdência e da Justiça. Ficou decidido, por exemplo, que os tribunais superiores de Brasília, em recesso até o fim de julho, vão parar de forma intercalada neste mês. Ao todo, a Justiça de 10 Estados entrou em greve, provocando a interrupção do trâmite de cerca de 800 mil processos.
No Rio Grande do Sul, os cinco postos do INSS em Porto Alegre continuaram fechados no segundo dia da greve. A Justiça Federal de Uruguaiana ficou parcialmente paralisada, atendendo apenas casos mais urgentes. A Justiça do Trabalho ficou totalmente paralisada em algumas localidades, como Santana do Livramento, Santo Ângelo e Uruguaiana. Em Porto Alegre, a paralisação foi parcial. No atendimento ao público, das 30 varas, 13 não funcionaram, oito abriram normalmente e nas restantes o serviço foi precário.
Na Receita Federal, a paralisação foi total em Pelotas. Em Uruguaiana, os fiscais devem retornar ao trabalho nesta quinta, dia 10. Na Capital, não houve expediente porque o prédio foi invadido por participantes da Marcha da Moradia. Já a Delegacia Regional do Trabalho teve Paralisação total em Porto Alegre e Passo Fundo.
Na Polícia Federal, a adesão ao movimento foi parcial. Em Brasília e São Paulo, o serviço funcionou normalmente. No Rio de Janeiro, a Justiça Federal funcionou normalmente nesta quarta-feira e apenas postos do INSS permaneceram fechados para atendimento ao público, devido a uma greve que já dura 38 dias por reajuste de salários.
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) também não interrompeu os trabalhos e na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a mobilização atingiu grande parte dos funcionários, mas sem prejudicar o serviço. Além do mercado de capitais estar fechado por causa do feriado em São Paulo, funcionários terceirizados e a diretoria da autarquia davam prosseguimento normal à rotina.
Com informações da agência Reuters.
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