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O governo assinou nesta quinta, dia 3, com centrais sindicais e representantes dos bancos um protocolo de intenções prevendo a criação de um novo modelo de financiamento para os trabalhadores da iniciativa privada com juros reduzidos. A idéia é permitir que o pagamento dos empréstimos possa ser debitado diretamente da folha de salário do trabalhador, o que reduzirá o risco de inadimplência, permitindo uma redução dos juros finais cobrados pelos bancos.
– A tendência é de uma redução bastante expressiva de taxa (de juros) nos créditos para os trabalhadores – afirmou o secretário-executivo do ministério da Fazenda, Bernard Appy.
Como parâmetro, ele citou que financiamentos já concedidos a servidores públicos com desconto em folha têm juros de 3% a 4% ao mês – taxa equivalente a cerca de 42% a 60% ao ano. Em maio, a taxa de juros média cobrada das pessoas físicas foi de 83,7% ao ano, segundo dados do Banco Central.
Em reunião com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as centrais sindicais e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) acertaram nesta quinta a criação de um grupo de trabalho para definir os detalhes do novo modelo de financiamento.
– As primeiras projeções sugeriram um limite de crédito equivalente a um salário e meio, para ser descontado em 24 meses em prestações fixas – afirmou Luiz Marinho, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Appy afirmou que o novo modelo será regulamentado em legislação, mas ainda não há definição se será uma medida provisória ou um projeto de lei.
– A idéia é fazer isso o mais rápido possível – disse o secretário-executivo da Fazenda.
A negociação final dos financiamentos será feita entre empresas e bancos, afirmou ele. O presidente da Febraban, Gabriel Jorge Ferreira, não quis estimar a que taxa de juros o novo financiamento poderá ser oferecido, mas previu uma redução do custo.
– As condições serão muito melhores que os juros convencionais – afirmou Ferreira, ressaltando que o salário é uma garantia líquida e que o desconto em folha reduzirá os custos com análise de risco.
As informações são da agência Reuters.
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