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O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, entregou nesta quarta, dia 2, uma lista de reivindicações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro no Palácio do Planalto em Brasília. O movimento pede ao governo federal agilidade na implantação de um plano nacional de reforma agrária, que contemple o assentamento de 1 milhão de famílias até o final da administração petista.
A comitiva formada por 29 trabalhadores rurais pede ainda o "imediato assentamento das 120 mil famílias acampadas em todo o território nacional". A carta de revindicações cobra o fortalecimento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e exige que o Imposto Territorial Rural (ITR) fique centralizado em âmbito federal, contrariando a proposta de reforma tributária, que destina parte do tributo aos Estados e municípios.
O MST solicita ainda a desapropriação de fazendas com plantações de psicotrópicos, que tenham trabalho escravo e que promovam agressões ao meio ambiente, assim como de terras públicas griladas; e abertura de inquérito pela Polícia Federal contra fazendeiros que usam milícias armadas e incitam a violência e o crime.
A reunião entre Lula e o MST contrariou as tensões observadas em algumas regiões do país. O presidente fez questão de se mostrar descontraído. No início do encontro, do qual participaram o líder do movimento, João Paulo Stédile, mais 29 sem-terra, Lula vestiu o boné vermelho do MST e segurou a bola de couro que recebeu de presente do grupo do Rio Grande do Sul.
O petista ainda abriu um saco de biscoitos que recebeu dos representantes do movimento e chegou a pôr um deles na boca de um dos líderes do MST.
No norte do país, entretanto, um grupo do Movimento Unidos Venceremos, antigo movimento Para a Terra, uma dissidência do MST, cercou a entrada da cidade de Buritis, no noroeste de Minas. Cerca de 150 pessoas armadas com facões e foices impedem a passagem de qualquer veículo na cidade pela MG-400 e a BR-030.
O grupo exige a presença de representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para liberar a estrada. Os assentados querem que o Incra agilize a distribuição de terras na região.
Com informações da Agência Brasil e da Globo News.
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