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O ministro do Planejamento, Guido Mantega, admitiu que o Fundo Monetário Internacional (FMI) está disposto a renegociar o acordo de empréstimo com o Brasil - que vence em setembro - mas salientou que é demasiadamente cedo para se pensar na questão.
– O Fundo está com boa disposição em relação ao Brasil. Portanto no que depender do FMI é possível renovar. Nós vamos analisar a situação.
Mantega afirmou, também, que o Brasil está apresentando um desempenho excelente nos indicadores econômicos. Por isso, na avaliação dele, o FMI não tem do que reclamar do Brasil.
Em seminário na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o ministro negou que o Brasil pensa em adotar postura como a da Argentina, que resolveu estipular um prazo mínimo de permanência do capital especulativo no país. Segundo o ministro, a filtragem do tipo de capital estrangeiro que entra no país, se dará de forma natural.
– Acho que isso se dará naturalmente quando você reduzir a taxa Selic, aí você vai fazer uma filtragem de capital. O capital de investimento entra e o capital especulativo não.
O ministro comentou também que a meta de inflação para o ano que vem, estabelecida em 5,5%, com 2,5 pontos percentuais de flexibilidade, "é uma meta exequível que, portanto, viabilizará o controle da inflação e a retomada do crescimento".
Mantega afirmou que "a batalha contra a infação está vencida". Ele brincou ao lembrar que o país saiu da UTI, mas ainda está no hospital.
– A gente ainda está passeando no pátio para exercitar os músculos, para depois subir as escadas – observou.
Questionado sobre o futuro da Taxa Básica de Juros da Economia (Selic), o ministro adotou um tom otimista.
– A partir das taxas de inflação que estão sendo anunciadas, nós podemos imaginar que a taxa Selic vai continuar caindo – disse.
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