O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse neste sábado, dia 31, em entrevista coletiva, que o Banco Central não reduzirá a taxa de juros, a Selic, hoje em 26,5%, até estar certo de que a inflação deste ano ficará abaixo dos dois dígitos. Ele afirmou que o governo está trabalhando para que os juros sejam reduzidos, mas não se precipitará. A meta anunciada pelo Banco Central no início do ano é de 8,5% de inflação em dezembro, a expectativa de mercado em maio foi de 12,13%, enquanto o governo esperava um índice menor.

– Queremos promover uma política econômica via combate à inflação de maneira definitiva – declarou Palocci, ao comentar que a prioridade do governo, nesta fase, é impedir que a inflação saia de controle. Segundo ele, somente quando a inflação no varejo der sinais claros de sua trajetória de queda, haverá segurança para promover redução de juros. No final do ano passado, havia um risco de inflação de 40% que, segundo Palocci, foi possível reverter graças à política adotada pelo BC.

– A possibilidade de explosão que havia até janeiro está eliminada, mas nós queremos preparar o Brasil para um crescimento de longo prazo – ressaltou.

Palocci acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no diálogo ampliado que acontecerá neste domingo, dia 1º, na reunião do G8, o grupo dos sete países mais industrializados do mundo e a Rússia, em Evian, na França. Ele também participará das reuniões bilaterais agendadas entre Lula e vários chefes de Estado e de governo neste sábado e domingo.

As informações são da agência Brasil.