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 | 05/08/2010 08h01min

Confraria Tambores de Yokohama terá 170 representantes no Morumbi

Colorados relatam nervosismo antes da decisão contra o São Paulo

Carlos Guilherme Ferreria  |  carlos.ferreira@zerohora.com.br

A classificação do Chivas à final da Libertadores, na terça-feira fria de Santiago, teve efeito de onda de calor em Porto Alegre. Mexeu com os colorados, ansiosos diante da possibilidade de voltar ao Mundial da Fifa já nesta noite: basta empatar com o São Paulo, às 21h50min de hoje, no Morumbi. Por isso, poucos escapam da sina de sonhar acordado com os 90 minutos decisivos para a viagem aos Emirados Árabes.

Acontece assim com os torcedores da confraria Tambores de Yokohama, formada por quem foi ao Japão no título de 2006 e encorpada via internet e redes sociais. Desta turma, cerca de 170 estarão acomodados no setor Visa do Morumbi, aquele da invasão gaúcha. Viajarão às 12h de hoje, divididos em dois voos. Contam as horas para se juntar a uma multidão que pode ultrapassar mil colorados infiltrados entre os são-paulinos.

— Tem gente trocando telefonemas na madrugada para falar sobre o jogo, a viagem. As pessoas estão muito ansiosas — conta o cônsul dos Tambores, o procurador do Estado Paulo Rogério Silva dos Santos.

Verdade. Companheira de confraria, Isabel Barnetche fita qualquer interlocutor com um olhar de quem realmente acredita na classificação. E não seja imprudente ao contrariá-la, porque até as horas de sono têm se esvaído à medida em que a decisão se aproxima. Isabel vai ao ponto de enxergar gol de Guiñazu, famoso por só chutar como último recurso. Admite: tanta confiança agonia as gremistas próximas, como a mãe e a irmã.

— Elas sofrem com a minha certeza — dispara, novamente olho no olho.

Isabel e outros companheiros de viagem, incluindo aqueles cujos dedos levam anéis personalizados do Inter, conhecem bem o regulamento da Libertadores – especialmente a parte que não prevê classificação dos mexicanos para o Mundial.

Sabem dos riscos de encarar o Morumbi, mesmo que Paulo tenha enviado e-mails à polícia paulista e às empresas responsáveis pelos ingressos informando da presença dos colorados. Estudam táticas de arquibancada, como esconder o sotaque gaúcho, reclamar de eventuais gols do Inter e se vestir à paisana. Vale tudo nesta hora, inclusive estrear em viagem de avião, caso do estudante de publicidade Edilson Moraes, 23 anos.

Torcedor do tipo avulso, ele foi ontem à tarde ao Salgado Filho, quando o Inter embarcou para São Paulo. Levava na carteira o ingresso para setor adversário, comprado em São Paulo por um tio do sogro, semana passada. Edilson entrará no Morumbi ao lado da namorada, Monike, e do pai da moça, Marcelo. Edilson não esconde a apreensão, sentimento igual ao de outro torcedor presente no Salgado Filho, o funcionário público Aurélio Kieling.

Aliás, foi coincidência Aurélio passar por ali quando o Inter embarcava. Contou não ter arrumado ingressos para o jogo de ida contra o São Paulo e, muito menos, para a volta. Mas entrou no clima: além de um broche do Inter no casaco, estampava uma manta colorada comprada minutos antes, no aeroporto. Imagina o time em Abu Dhabi. Por enquanto, ninguém bolou nada para reeditar uma história passada no Japão e contada a seguir pelo cônsul Paulo. A da origem do nome:

— Compramos um tambor, um taikô, lá no Japão, porque não tínhamos tambores. Hoje está na sala do presidente Vitorio Piffero.

Uma outra ideia é mudar o nome para Tambores de Abu Dhabi, mas ele a rechaça. Nada de desconfiança contra o São Paulo: só acham melhor preservar as tradições.


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