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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a política econômica do governo em entrevista coletiva na cidade de Cuzco, no Peru, depois do encerramento da reunião do Grupo do Rio, neste sábado, dia 24.
– Estamos a menos de seis meses no governo federal, preparando a economia para uma virada que nós queremos, que vai acontecer – disse Lula.
O presidente destacou que a redução dos juros vai acontecer no momento certo e que não adiantaria nada reduzi-los imediatamente se, no mês seguinte, fosse necessário aumentá-los novamente.
– A política de juros não é um interesse pessoal do Lula, do vice-presidente José Alencar ou do ministro Palloci. É uma necessidade para melhor se distribuir recursos para o país – acrescentou.
O presidente disse que está mais preocupado com os juros do cartão de crédito e do cheque especial do que com a taxa Selic, determinada diretamente pelo Banco Central. Lula disse também que seu governo ainda está praticando os juros do governo antigo, referindo-se ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele prometeu que as taxas serão reduzidas para a retomada do desenvolvimento econômico, mas apenas quando a área econômica puder proporcionar essa redução de forma sólida e consistente.
Lula fez questão de afirmar que o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, não está em saia-justa alguma por ter se referido nesta sexta-feira ao cavalo-de-pau que o governo deu na economia. Ao participar de um encontro petista para discutir a reforma da Previdência, José Dirceu, sem saber que estava sendo assistido por jornalistas, através de um telão, admitiu que há queda na atividade econômica e que é "ponto pacífico" que os juros precisam ser reduzidos, mas que para isso é necessário que haja condições.
– José Dirceu pode falar o que quiser, tanto pública quanto privadamente – comentou Lula.
Com informações da Agência Brasil e da Globo News.
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