| 07/05/2010 16h15min
Se completar uma edição do Rally Internacional dos Sertões já é difícil para pilotos e equipes, completar três é tarefa que também exige muito. A função cabe ao diretor técnico Edu Sachs, da empresa organizadora do rali. Ao lado de José Luiz Munhoz, Sachs iniciou nesta quarta a segunda fase de planejamento do roteiro da edição 2010 do evento, a 18ª da história da maior aventura da prova brasileira, que começa no dia 10 agosto em Goiânia e termina no dia 21 em Fortaleza.
A primeira fase, realizada há pouco mais de um mês, consistiu em um levantamento aéreo pelas prováveis regiões que deverão compor o percurso. Foi utilizada uma aeronave especialmente equipada para o registro do possível trajeto a ser utilizado pela prova. Para Sachs, a parte terrestre é uma conferência no trabalho feito anteriormente a bordo do avião.
– O trajeto não costuma mudar muito em relação ao que apontamos via aérea. No ano passado, 95% do traçado que foi visualizado e desenhado do alto permaneceu o mesmo depois da conferência feita em solo – lembra o diretor-técnico.
– Em um primeiro momento, fizemos toda a checagem dos equipamentos da picape L200 Outdoor que utilizaremos na conferência do percurso. Estamos bem equipados, com guincho, dois estepes, cabos de aço, equipamentos completos de navegação e tudo mais. Estando sozinhos no trajeto do Sertões, não podemos nos dar ao luxo de precisar de algum tipo de assistência – comenta.
Com Munhoz ao volante, Sachs fica encarregado de registrar as informações do trajeto que, depois, serão utilizadas na planilha que guiará os competidores no Rally Internacional dos Sertões. Segundo o diretor-técnico, a conferência realizada em solo é importante, pois detecta obstáculos que nem sempre são visíveis do céu.
– Em algumas propriedades rurais, por exemplo, não conseguimos enxergar do alto as cercas de arame, ou a profundidade de um determinado rio, ou até mesmo o grau de resistência de uma ponte. Então, ao fazer o trajeto de carro podemos conferir tudo isso mais de perto e com cuidado – diz.
– O principal é confirmar e validar os pontos levantados do avião, pois de cima não existe a precisão do ponto exato de uma encruzilhada, por exemplo. Quando o trecho fica dentro de uma mata pode haver uma imprecisão de até 800 metros. Os rumos nós temos sempre, mas a precisão exata só teremos ao passar de carro pelo local – explica.
Esta fase do trabalho de levantamento do roteiro deverá durar entre 15 e 20 dias, quando a dupla deve chegar a Fortaleza, destino final do rali.
– Depois dessa fase, temos que voltar com o trajeto desenhado para apresentarmos no briefing para pilotos e equipes. Mas antes do trajeto definitivo teremos mais uma conferência terrestre, que apontará todos os detalhes da planilha – completa.
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