| 31/03/2010 13h37min
Um sorriso foi o suficiente para Michael Schumacher ser crucificado e chamado de insensível no pódio após a morte de Ayrton Senna, em 1994. Mas o alemão, que venceu a corrida pela Benetton, garantiu que não sabia na hora, e que jamais esperaria que o brasileiro pudesse vir a morrer.
– Havíamos visto muitos acidentes como aquele ou até piores, mas nunca se espera que vá ter um resultado assim. Eu pensei que Ayrton poderia ter quebrado uma perna ou um braço, mas que tudo continuaria igual. Foi depois do pódio que Pasquale Lattuneddu veio e nos disse que ele estava em coma. Eu sabia que há vários tipos de coma, mas havia muita informação contraditória. Não sabia o que pensar. Não poderia imaginar que ele poderia chegar a morrer. No máximo, que perderia algumas corridas – explicou-se Schumi ao jornal El Pais.
O atual piloto da Mercedes, que venceria o primeiro de seus sete títulos naquele ano, sempre disse que Senna era um ídolo, e que a corrida seguinte foi dura para ele.
– O pior veio duas semanas mais tarde, em Mônaco, quando tive que aceitar que, efetivamente, ele tinha morrido. Foi uma loucura – disse.
A admiração de Schumacher por Senna é tanta, que quando o alemão alcançou sua 41ª vitória na Fórmula-1 e empatou com o brasileiro, chorou copiosamente durante a entrevista coletiva. O heptacampeão acabou vencendo outras 50 vezes.
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