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Ciro Gomes defende reformas do governo em reunião do PPS

Partido realizou encontro para decidir postura em relação ao Executivo

O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, defendeu neste sábado, dia 17, o apoio incondicional do seu partido, o PPS, às reformas tributária e da Previdência. Ele falou, na abertura do Encontro Nacional da sigla, em Brasília. O ministro admitiu no entanto, que isto não impede o partido de contribuir com algumas alterações às propostas do governo.

Com relação a Reforma Tributária, o PPS quer que o imposto do valor agregado seja cobrado no Estado onde os bens forem comercializados e não no Estado de origem da sua produção. O partido tem no Congresso Nacional uma bancada de três senadores e 21 deputados federais.

No evento, Ciro elogiou a política econômica do governo. Ele acredita, no entanto, que apesar de o caminho seguido até agora ter sido o único possível, ainda não é o rumo que poderá levar o Brasil ao crescimento. O ministro afirmou que somente com uma taxa de crescimento de 5% ao ano o país poderá superar a "erosão social".

– O acerto tático desses passos não nos deve tirar a percepção clara de que isso significa acerto estratégico. O que pode acontecer de pior é que com esses acertos tenhamos a sensação de que esse é o caminho. Não é. Tudo o que fizemos foi desarmar a bomba que estava armada. Isso é muita coisa. Mas não podemos perder a disciplina de refletir sobre outro modelo
econômico. A economia real do país está parada – alertou Ciro Gomes.

Ao defender as reformas, Ciro novamente teve o cuidado de dizer que o governo está fazendo o possível diante dos pactos que precisou fechar para conseguir apoio político. Numa escala de zero a cinco, o ministro disse que a reforma da Previdência está no nível 2 e a tributária, no nível 1.

– Uma reforma tributária verdadeira teria que consertar o caos do ICMS. Mas a proposta que está aí é coerente com o rumo, ela é de nível 1. O  presidente Lula teceu um conjunto de pactos muito complexos de serem montados. Muito do que está aí, para o bem e para o mal, deriva desses pactos. A contribuição dos inativos, por exemplo, representa uma receita de pouco mais de R$ 2 bilhões para a União. Nâo tem centralidade – disse o ministro.

Mas Ciro afirmou que, do ponto de vista dos Estados, a cobrança é uma das questões centrais. O ministro disse ter ficado orgulhoso com o fato de o PPS ter sido o único partido a dar 100% dos seus votos a favor da emenda constitucional que permite a regulamentação fatiada do sistema financeiro. Para Ciro, por mais legítimas que sejam as pressões de setores e corporações da sociedade, deputados e senadores devem entender que o momento exige sacrifícios em nome do interesse maior do país.

– Qualquer deputado e senador pode fazer de sua militância um ato de proteção de interesses  particulares, de grupos ou coorporações. Isso não é ilegítimo. Mas quem está pensando na verdadeira questão do país tem que entender que muitos interesses particulares de grupos ou coorporações têm de ser sacrificados em nome do interesse maior do país – explicou o ministro. Com informações da Agência Brasil e Globo News.

 
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