| 12/05/2003 21h24min
O candidato favorito no segundo turno das eleições à Presidência da Argentina, Néstor Kirchner, seguiu nesta segunda, dia 12, formando sua provável equipe de governo, enquanto crescem as dúvidas sobre a permanência de Carlos Menem na disputa, que, segundo rumores, poderia vir a retirar sua candidatura.
Kirchner passou o dia em sua casa, em Buenos Aires. Ele manteve sua estratégia de manter o menor contato possível com a imprensa para evitar qualquer gafe capaz de mudar as previsões das pesquisas, em que Kirchner aparece na frente.
No comando da campanha de Menem, entretanto, o clima era de nervosismo. Na semana passada, circularam rumores de que ele estaria pensando em se retirar da disputa, depois que pesquisas eleitorais apontaram para a vitória de seu rival.
Os boatos teriam sido alimentados por pessoas ligadas ao próprio Menem. Algumas pessoas estariam propondo a renúncia para evitar uma derrota arrasadora. No entanto, o braço direito de Menem e um dos encarregados de sua campanha, Alberto Kohan, afirmou que o ex-presidente não desistirá da disputa.
Várias pesquisas de intenção de voto publicadas no domingo, dia 11, pela imprensa local, mostraram uma enorme diferença, de mais de 40 pontos percentuais, a favor de Kirchner, governador da Província de Santa Cruz e que conta com o apoio do presidente Eduardo Duhalde.
Duhalde afirmou no sábado em seu programa de rádio que o ex-presidente não se apresentará no segundo turno e que fará o anúncio no dia anterior às eleições, que ocorrem domingo, dia 18. Se Menem não se apresentar como candidato, Kirchner automaticamente será declarado presidente, mesmo que tenha tido somente 23% dos votos no primeiro turno.
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