| 09/05/2003 13h
O presidente do diretório nacional do PMDB, deputado Michel Temer, afirmou que o seu partido não formalizou aliança com o governo federal. De acordo as declarações do parlamentar no programa Atualidade da Rádio Gaúcha, não ocorreu institucionalmente um acordo entre as duas partes como anunciou a imprensa nesta quinta, dia 8. Temer frisou que conversas isoladas entre o Executivo e integrantes do PMDB não significam uma participação orgânica ampla do partido no Executivo.
O anúncio do senador Amir Lando (PMDB- RO) como novo líder do governo no Congresso, substituindo Aloizio Mercadante (PT-SP), não teria sido debatido e aprovado pelo partido, segundo Temer. O parlamentar ressaltou que se cada setor resolver aderir à administração federal por conta própria, haverá um racha no partido.
O presidente do PMDB gaúcho, Cézar Schirmer, também declarou que poderá ocorrer rompimentos dentro do partido. De acordo com ele, a integração com o governo Lula não deverá ser repetida no Rio Grande do Sul. Schirmer não gostou da forma adotada pelo governo federal para se aproximar dos peemedebistas e lembrou que existe posição nacional de independência dos integrantes do partido.
Temer ressaltou que o ministro da Casa Civil, José Dirceu, procurou o líder peemedebista Renan Calheiros (AL) para discutir a situação da Medida Provisória 107, que aumentou no artigo 22 a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido para empresas prestadoras de serviço de 12% para 32%, na Câmara e no Senado. Dos 62 parlamentares da bancada do PMDB, 53 votaram contra a MP.
Em relação às reformas da Previdência e tributária, ele disse que a intenção do PMDB é aprovar. No entanto, a questão dos inativos deverá ser discutida já que, segundo Temer, juridicamente tem impedimentos.
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