| 30/04/2003 18h21min
A sondagem dos três primeiros meses de 2003 apresentada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta, dia 30, mostra que as pequenas e médias indústrias continuam sendo as mais atingidas pela alta dos juros, a elevada carga tributária e o aumento dos custos das matérias-primas. Nesse cenário, as perspectivas de crescimento continuam sendo moderadas para os próximos seis meses. A CNI coletou as informações de 26 de março a 17 de abril em 19 Estados brasileiros. A mostra utilizada foi de 1.174 empresas pequenas e médias e 257 grandes.
A produção e o faturamento continuam registrando baixas. Na indútria como um todo, os indicadores de evolução ficaram entre 43 e 43,6 pontos. Números abaixo de 50 pontos mostram evolução negativa. A queda na atividade industrial foi maior do que no mesmo período do ano anterior. Apesar das dificuldades apresentadas, o setor se mantém otimista. As expectativas quanto à evolução das condições econômicas chegou a superar os 60 pontos.
Para a indústria como um todo, o indicador de evolução da produção foi de 43 pontos. A evolução negativa é comum às grandes e pequenas empresas, que registram respectivamente 47,7 e 40,4 pontos respectivamente. O emprego industrial também registrou evolução negativa, com 46,9 pontos. Ainda que o indicador apresente queda, o resultado no primeiro trimestre deste ano é bastante próximo ao apurado no mesmo período do ano passado. Cerca de 60% das empresas mantiveram o número de empregadas inalterados.
A utilização da capacidade instalada (UCI) caiu neste último trimestre e ficou em 70% para a indústria como um todo. Não houve mudanças nem para as pequenas e médias quanto para as grandes empresas. O índice ficou em 76% para as empresas de maior porte e em 66% para as porte menor. A UCI se manteve inalterada para a maioria dos setores.
Todos os indicadores do bloco lucratividade e situação financeira apresentaram redução, interrompendo a tendência de crescimento nos últimos três trimestres. Os indicadores de liquidez apresentaram redução de 45 para 39,5 pontos nas pequenas e médias empresas. A grandes ficaram com 48,2 pontos. O indicador geral de situação financeira voltou a ficar abaixo da linha dos 50 pontos, caindo de 50,6 para 45 pontos.
As avaliações dos empresários também foram levadas em conta pela sondagem. As questões serviram de base para a formulação do Índice de Confiança do Empresário Industrial, que tem divulgação separada. O indicador da condições gerais da economia apresentou crescimento, 45,2 pontos, em relação aos demais índices. Na última sondagem, esse quesito chegou a 37,9 pontos. Os números referentes ao setor de atividade e da própria empresa não aumentaram, marcando 41,3 e 47,7 pontos, respectivamente.
Já as expectativas para os próximos seis meses da indústria como um todo estiveram acima dos 60 pontos. Nos setores de papel e de produtos farmacêuticos os indicadores superaram os 70 pontos.
Depois de três
sondagens indicando números inferiores, o
índice geral de número de empregados alcançou a marca divisória de 50 pontos. A proporção de empresas que pretendem contrarar funcionários aumentou tanto nas pequenas/médias quanto nas grandes. As primeiras registraram índice crescimento, passando de 14,7% para 16%. Já as indústrias de grande porte subiram de 13,9% para 20,8%.
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