| 28/04/2003 21h58min
Um dia depois da eleição que levou o ex-presidente Carlos Menem, 72 anos, e o governador de Santa Cruz, Néstor Kirchner, 53 anos, ao segundo turno na Argentina, pesquisas já indicam a vitória de Kirchner no dia 18.
Mesmo vencendo na contagem geral, Menem ficou em quarto lugar em Buenos Aires, atrás do economista Ricardo López Murphy, da deputada Elisa Carrió e de Kirchner. O alto índice de rejeição ao ex-presidente deve ser o principal obstáculo para ele voltar à Casa Rosada: cerca de 56% dos eleitores argentinos dizem que não votariam nele de jeito nenhum.
Enquanto Kirchner representa uma opção preferencialmente urbana – ganhou nas províncias de Buenos Aires, Formosa, Jujuy e Patagônia –, Menem tem mais apoio em cidades pequenas – como as no noroeste e do nordeste do país.
Antes mesmo de serem conhecidos os resultados oficiais, Menem e Kirchner deflagraram a corrida pelo apoio dos derrotados no primeiro turno. López Murphy já disse que não vai apoiar nenhum dos candidatos e que seus eleitores saberão escolher o melhor caminho. Elisa Carrió anunciou que não pretende fazer alianças e deixou claro que em hipótese alguma votaria no ex-presidente. O nacionalista Rodríguez Saá antecipou que pretende liberar seus eleitores. O candidato da União Cívica Radical, Leopoldo Moreau também já anunciou que em Menem não vota de jeito nenhum.
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