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 | 03/07/2009 13h02min

Advogado do Inter descarta punição de D'Alessandro

Para Daniel Cravo, houve provocações mutuas entre o argentino e Willian

O diretor jurídico do Inter Daniel Cravo descarta a punição do meia D'Alessandro por tentativa de agressão ao zagueiro William, do Corinthians, na final da Copa do Brasil, o que poderia afastar o argentino do futebol por 120 a 540 dias. O advogado garante que o jogador em nenhum momento quis agredir rival após ter sido expulso no empate em 2 a 2 da última quarta no Beira-Rio. Se quisesse, diz Cravo, o meia teria atingido o rival.

– Pelo que vi na TV, não houve tentativa de agressão. O D'Alessandro estava próximo de William, com várias oportunidades, e teria condições de consumar a agressão. Foi um ato provocativo de ambas as partes. Assim interpretamos e esperamos que o tribunal tenha esta sensibilidade – disse Cravo em entrevista à Rádio Gaúcha.

A fama de temperamental de D'Alessandro percorre o país. Mas isto, de acordo com o advogado colorado, não faz diferença em um julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Foi o que Cravo constatou no caso que envolveu o goleiro Lauro e o atacante Kléber, do Cruzeiro, outro jogador tido como causador de problemas.

– Eu participei de alguns julgamentos, inclusive recentemente aquele do Lauro. Até no caso do Kléber, do Cruzeiro, isto se suscita muitas vezes. Não se julga ninguém pela fama ou histórico. Ou se tem uma condição objetiva que é a primariedade ou reincidência ou não – disse Cravo.

Além de D'Alessandro, o técnico Tite também pode sofrer uma punição. Ele invadiu o campo para tentar tirar os jogadores do Inter da confusão, o que pode lhe render pena de 120 a 720 dias, pelo artigo 274 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Para Cravo, a intenção do treinador, de tentar acalmar os atletas, pode absolvê-lo. Se ele for denunciado.

– Se a pessoa sai da área técnica ou invade o campo em uma situação destas, talvez seja o caso de nem ser denunciado – afirmou.

Ainda não houve nenhuma denúncia a D'Alessandro e Tite. O diretor jurídico do Inter prefere esperar que isto aconteça antes de comentar o assunto.

– Senão acabamos especulando demais – explicou.

A intenção do Inter quanto a D'Alessandro é tentar desqualificar a denúncia do artigo 253 (agressão) para o 255 (ato de hostilidade), que prevê suspensão de uma a três partidas. E quando a punição é por número de jogos, a pena só é cumprida na próxima Copa do Brasil.

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