| 13/03/2003 12h35min
A França, a Alemanha e a Rússia rejeitaram categoricamente nesta quinta, dia 13, a nova proposta britânica de resolução sobre o Iraque. O chanceler francês, Dominique de Villepin, disse que a idéia britânica de impor a Bagdá seis medidas específicas sobre desarmamento não resolve a questão crucial, que é a busca por uma solução pacífica da crise. Em nota oficial, ele criticou a ''lógica de ultimatos'' por trás da proposta.
Seu colega russo, Igor Ivanov, reiterou a disposição de seu país em vetar a nova resolução. A França também tem esse poder no Conselho de Segurança e se mostra inclinada a usá-lo.
– Não é uma questão de dar mais uns poucos dias ao Iraque antes de usar a força. Trata-se de fazer um progresso decisivo rumo ao desarmamento pacífico, como definido pelas inspeções, as quais oferecem uma alternativa confiável à guerra – afirmou Villepin.
Bernd Muetzelburg, assessor de política internacional do chanceler (primeiro-ministro) Gerhard Schroeder, disse que a Alemanha, apesar de não ser contra a imposição de exigências a Bagdá, não vai apoiar a proposta britânica, porque ela ainda traz embutida uma autorização para a guerra.
O Conselho de Segurança se reúne nesta quinta para debater a proposta de Blair, que deseja impor seis metas ao Iraque como prova de que o país está disposto a se desarmar. Entre outras coisas, o governo britânico quer que o presidente do Iraque, Saddam Hussein, faça um pronunciamento pela TV admitindo que ocultou armas de destruição em massa, cuja existência ele nega.
Segundo Villepin, as propostas britânicas "não respondem às questões que a comunidade internacional faz''. Ele defendeu "um cronograma realista'' para o desarmamento, sempre com fiscalização dos inspetores da ONU. As informações são da agência Reuters.
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