O embaixador dos Estado Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), John Negroponte, informou nesta segunda, dia 10, que a proposta de resolução que estabelece o dia 17 de março como prazo para o desarmamento do Iraque não será votada nesta terça, dia 11, como era previsto. A informação foi também confirmada pelo embaixador da Grã-Bretanha nas Nações Unidas, Jeremy Greenstock.

Os EUA e a Grã-Bretanha haviam estabelecido esta terça para a realização do processo de votação. No entanto, devido à falta de apoio, a votação foi adiada. Negroponte deverá solicitar nesta terça que o Conselho de Segurança se prepare para submeter a votação ainda esta semana.

França, Alemanha e Rússia se opõem fortemente a esta nova resolução que, segundo eles, autoriza o uso automático da força contra Bagdá, como desejam a Casa Branca e seus aliados. A China e a Síria também são contrárias a esta nova proposta. Os países que ainda não se comprometeram são Chile, México, Angola, Camarões e Guiné. O Chile disse que 17 de março é um prazo muito curto.

O presidente dos EUA, George W. Bush, telefonou para líderes estrangeiros nesta segunda, entre eles o primeiro-ministro do Japão, Junichiro Koizumi, e para o presidente chinês, Jiang Zemin, na tentativa de garantir mais apoio. O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, reuniu-se com o ministro do Exterior da Guiné, Francois Ousseynou Fall, e telefonou para autoridades de Angola, México e do Paquistão. Powell disse no domingo que há "grande chance" dos EUA conseguirem nove ou 10 votos a favor da resolução

Mesmo se conseguisse os nove votos necessários para a aprovação, um veto de qualquer um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança derrubaria a resolução. A Rússia voltou a dizer nesta segunda que está determinada a derrotá-la, e o ministro do Exterior da França viajou pela África fazendo lobby com três membros do Conselho em busca de votos "não".