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O ministro das Comunicações, Miro Teixeira, defendeu nesta terça, dia 25, o fim da indexação nas tarifas cobradas pelas operadoras de telecomunicações. O sistema é usado para definir o reajuste de preços no setor desde a privatização do setor em 1998.
O ministro falou a jornalistas após a divulgação na imprensa de um documento com fortes críticas à privatização da telefonia, afirmando que o modelo adotado se exauriu. Teixeira não fez comentários sobre a autoria do material, mas afirmou que não se tratava de um relatório do Ministério. Ele disse ainda que o sistema está em evolução, mas não fracassou.
O índice usado para reajustar as tarifas do setor de telecomunicações é o IGP-DI (Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna), e a metodologia vem sendo criticada pelo governo Lula por carregar um peso muito grande da desvalorização do real ante o dólar. Segundo o ministro, em conversas com o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Luiz Guilherme Schymura, ele recebeu uma projeção do IGP-DI para junho que mostra uma variação de 30% a 34%. Os reajustes na telefonia fixa são definidos no meio do ano.
Teixeira afirmou que não considera a taxa aceitável e que a solução será negociar com as operadoras de telefonia sobre os reajustes. A privatização do setor de telecomunicações do país passará por uma negociação sobre a renovação dos contratos por mais 20 anos em 2003. A Anatel já afirmou que pretende discutir a inclusão de novos termos nos contratos das concessionárias e abriu recentemente audiências públicas para discutir o assunto. As informações são da agência Reuters.
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