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O prefeito do Rio, Cesar Maia, disse nesta segunda, dia 24, que os incidentes ocorridos na Capital não deverão afetar a incidência de turistas no Carnaval, embora admita que os episódios de violência podem manchar a imagem da cidade, principalmente no Exterior. Já o ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, admitiu que as ações criminosas prejudicam o turismo brasileiro, principalmente por terem acontecido na cidade responsável por quase 40% do destino turístico do país.
O presidente da Riotur, José Eduardo Guinle, por sua vez, disse que a ação dos traficantes "sempre traz prejuízo à imagem da cidade". Segundo ele, 380 mil turistas estarão no Rio durante o Carnaval. Ele acredita que os turistas gastem US$ 126 milhões na cidade no período carnavalesco.
Na madrugada desta segunda, três bombas de fabricação caseira explodiram na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, destruindo parcialmente as janelas e as fachadas de três prédios. Uma quarta granada foi lançada no local, mas não explodiu. Um batalhão e uma cabine da PM também foram alvos de ataques. Até o final da tarde, pelo menos 24 ônibus, oito carros e um caminhão haviam sido incendiados, um deles em Botafogo, Zona Sul.
A polícia informou que logo nos primeiros minutos do dia, um grupo de 50 pessoas saqueou um supermercado na Zona Norte. Ameaçados, comerciantes da Tijuca, de Copacabana, do Catete e de São Gonçalo fecharam as portas dos estabelecimentos. Muitas escolas também não funcionaram. Autoridades do governo fluminense responsabilizam a facção criminosa Comando Vermelho (CV) pela série de atentados.
A ordem teria sido dada por detentos que estão no Complexo Penitenciário de Bangu, onde está recolhido o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, mais conhecido membro do grupo.
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