| 22/02/2003 11h18min
Os países em desenvolvimento reforçaram neste sábado, dia 22, o pedido para que o Iraque entregue todas as armas de destruição em massa e aproveitaram para atacar os Estados Unidos, dizendo "não'' à guerra. Os membros do Movimento Não-Alinhado (MNA) disseram não haver dúvidas de que o país de Saddam Hussein precisa atender às resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) e desafiaram o governo norte-americano, demonstrando forte oposição em relação à invasão ao território iraquiano. O manifesto consta da versão preliminar de um comunicado que será divulgado no encerramento de uma reunião de cúpula de dois dias, que tem início na próxima segunda e se estende até o dia seguinte.
O grupo, criado durante a Guerra Fria para fazer frente aos blocos ocidental e oriental, conta com 114 membros e representa quase dois terços dos países na ONU. As questões das armas de destruição em massa do Iraque e da Coréia do Norte dominaram as discussões preliminares do encontro.
Entre os países do MNA, seis fazem parte do Conselho de Segurança da ONU: Angola, Guiné, Síria, Paquistão, Chile e Camarões. Todos acreditam que os inspetores de segurança devem ter mais tempo para inspeções no Iraque.
Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha estão reunindo 150 mil soldados na fronteira do Iraque e ameaçam ir à guerra se o presidente Saddam Hussein não entregar supostos estoques de armas de destruição em massa. Pesquisas de opinião mostram que muitas pessoas acreditam que o motivo de Washington é o controle dos vastos campos de petróleo de Saddam.
As informações são da agência Reuters.
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