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Equipes de resgate vasculharam nesta quinta, dia 20, uma região montanhosa do sudeste do Irã em busca de explicações para o pior desastre aéreo da história do país, que matou 302 soldados da Guarda Revolucionária. Ainda não há explicação oficial para o acidente com o Ilyushin-76 de fabricação russa. O governo também não informou por que tantos soldados estavam sendo deslocados para aquela região.
Poucos antes de perder contato com a torre, o piloto disse que estava tendo problemas com os fortes ventos. Uma fonte próxima ao governo disse que entre os mortos estão vários oficiais de primeiro escalão. A estrada que leva ao local do acidente, a 35 quilômetros da cidade de Kerman, ficou congestionada com carros de polícia e táxis levando parentes que tentam identificar as vítimas.
Formada pouco depois da Revolução Islâmica de 1979, a Guarda Revolucionária é uma força independente do Exército regular, que teve um papel importante na guerra contra o Iraque (1980-1988). Hoje, a Guarda tem 120 mil homens e responde diretamente ao líder religioso Ali Khamenei.
O segundo acidente resgistrado nessa quarta foi o segundo com um Ilyushin-76 neste ano. No final de janeiro, outra aeronave caiu em Timor Leste, matando os seis tripulantes russos.
O acidente do Irã ocorreu na Cordilheira de Sirach, que se ergue abruptamente no meio do deserto e tem os picos mais elevados da região. O avião fazia um vôo curto entre Zahedan, na fronteira com o Paquistão, e Kerman. A agência estatal de notícias Irna disse que montanhistas locais estão ajudando os 600 homens da Guarda Revolucionária, do Crescente Vermelho e de equipes de resgate que participam das buscas.
A Irna disse que vários corpos foram resgatados durante a noite.
– Esperamos que de manhã, com o céu claro e os vôos de helicóptero, o trabalho de identificar e retirar os corpos fique mais rápido – declarou o governador da região de Kerman, Mohamad Ali Karimi.
As informações são da agência Reuters.
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