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 | 09/10/2008 10h27min

Silas diz que negativismo pode atrapalhar Avaí

Treinador reclamou dos boatos de um racha entre os jogadores

Maurício Frighetto  |  mauricio.frighetto@diario.com.br

O técnico Silas continua confiante no Avaí e no seu trabalho. Com 15 rodadas consecutivas no G-4, o treinador acha que o clube tem tudo para subir à Série A, mas pensa que o negativismo pode atrapalhar.

— Precisamos que esse negativismo por parte de algumas pessoas, logicamente que não é do torcedor, que está com o Avaí, se transforme em algo positivo. A fé é isso: crer no que ainda não temos — afirmou.

Entenda-se por este negativismo o medo de um tropeço. Como aconteceu em 2004, quando o clube deixou escapara a vaga à elite na última rodada. O treinador reclamou também dos boatos de um racha no grupo de jogadores. 

Confira a entrevista que Silas concedeu, com exclusividade, ao Diário Catarinense, em um hotel do Centro de Florianópolis, onde mora. 

Diário Catarinense — Às vezes o torcedor fica desconfiado que o Avaí vai ficar pelo caminho. O que você pensa sobre isso?
Silas — A gente não pode se misturar com isso. Em 1989, na final a final da Copa América contra o Uruguai, falava-se do fantasma de 1950, quando o Brasil perdeu. Mas, em 1950, eu, o Romário, o Taffarel, o Bebeto, o Dunga, o Careca nem éramos nascidos. Entendo a preocupação do torcedor e até de pessoas próximas ao clube. Mas é outra época, são outros jogadores. É tentar colocar um peso em cima de um grupo que não é deles.  

DC — Isso preocupa?
Silas — Me preocupa na medida em que você tenha que ficar colocando um escudo o tempo todo contra isso. A gente não tem que olhar para trás, mas para a frente. O que passou, passou. O que tá na frente a gente pode conseguir. Chega um momento, que vai afunilando, que muita gente entra em pânico. Nós temos que fazer o simples e bem feito. 

DC — Como você trabalha a pressão que vivem os jogadores?
Silas — É uma pressão que você traz para dentro do trabalho. Já vivi isso mais de 20 vezes. Fui campeão umas 16 ou 17 vezes, devo ter perdido umas duas ou três finais. Já caí para a segunda divisão no Italiano,  já caí no Paulista e não deixei de ser o Silas, o cara que trabalha, que luta. O atleta sabe o que tem de fazer. Quanto a isso é despreocupação total.

DC — O que os jogadores conversam contigo?
Silas — Tivemos uma conversa muito boa. Alguns jogadores viveram o momento que  o Avaí estava para subir e não conseguiu. Um jogador passou a experiência de pessoas que, um mês antes de acabar o campeonato, queriam tirar fotografias. E quando o time não subiu, rasgou as fotos e desapareceu. É a parte injusta. Tem gente que quer comemorar a vitória, mas não carrega o peso do trabalho. 

DC — Como tu avalia as condições do grupo nesta reta final?
Silas — É um grupo experiente, a média de idade é excelente. O Avaí conseguiu um equilíbrio e tem tudo, tudo para chegar à Série A. Precisamos que esse negativismo por parte de algumas pessoas, logicamente que não é do torcedor, que está com o Avaí, se transforme em algo positivo. A fé é isso: crer no que ainda não temos.

DC — De onde vem o negativismo?
Silas — Falaram que o Marcus Winícius brigou com o Cocito em Fortaleza. Não existiu. Fui ao tribunal me defender da expulsão contra o Vila Nova e disseram que o treinador está distante. Nós começamos no G-4 estamos terminando no G-4. Essas flechinhas atrapalham. Não que a nação avaiana não esteja acreditando. O torcedor tem sido fundamental.
 
DC — É a imprensa, então?
Silas — É uma parte dela. Não sei se é porque é Figueira ou se é porque está com medo de o Avaí subir e o Figueira cair. O que não seria bom para a cidade, falando isso como profissional. É um momento de botar um escudo de proteção contra a pessoa negativa. Até a do clube mesmo, que quer tanto que o Avaí suba que acha que não vai subir por causa das outras vezes. Essa é minha única preocupação. O restante o trabalho continua bem feito. Os jogadores acreditam, e isso é o importante.

 
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