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Uma reunião de cúpula da União Européia (UE), convocada para estabelecer uma posição comum em relação à questão iraquiana, terminou com a emissão de um comunicado instando o Iraque a cumprir as resoluções da ONU e advertindo-o de que as inspeções de armas não poderão seguir indefinidamente.
O texto endossado pelos chefes de Estado e de Governo dos 15 membros não descarta a hipótese do uso da força, mas assinala que a guerra não é inevitável e somente poderá ser um "último recurso". É a primeira vez que o bloco contempla a possibilidade de ação militar.
Segundo os dirigentes europeus, foi a acumulação de forças militares americanas na região do Golfo Pérsico que obrigou o presidente iraquiano, Saddam Hussein, a colaborar com os inspetores da ONU. Até a semana passada, os países da UE estavam bem divididos entre favoráveis a uma ação militar, como o presidente dos EUA, George W. Bush (com Grã-Bretanha, Itália e Espanha à frente) e aqueles defensores da continuidade das
inspeções e da via
dipomática (França e Alemanha).
O presidente Jacques chirac, da França – país mais firmemente contra o uso da força no Iraque e favorável ao fortalecimento do trabalho dos inspetores de armas –, assegurou que a UE superou a crise interna sobre a questão. Na próxima semana, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha irão apresentar ao Conselho de Segurança (CS) da ONU uma nova resolução buscando autoridade para desarmar à força Saddam Hussein. A França já definiu que irá bloquear a medida.
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