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 | 22/08/2008 09h48min

Maurren Maggi fatura o ouro no salto em distância

Brasileira saltou 7m04cm, um centímetro a mais que a russa Lebedeva

A brasileira Maurren Maggi é a dona da segunda medalha de ouro do Brasil nos Jogos de Pequim. A atleta fez a melhor marca na final feminina do salto em distância, realizada no Estádio Ninho de Pássaro, com 7m04cm.

O feito de Maurren é igualmente histórico ao de Ketleyn Quadros nessa Olimpíada, bronze no judô. Porém, a saltadora faturou a primeira medalha de ouro feminina em esportes individuais.  

Na última rodada de saltos, um susto. A russa Tatyana Lebedeva, principal rival da brasileira, conseguiu uma excelente marca. Mas para esportistas de alto rendimento, um centímetro faz a diferença. Foi exatamente essa a diferença do ouro de Maurren para a prata de Lebedeva, que pulou 7m03cm. 

A medalha de bronze no salto em distância feminino ficou com a nigeriana Blessing Ogakbare, com 6m91cm.

Da suspensão à retomada na carreira

O ouro de Maurren coroa a retomada da carreira da atleta, que chegou a ficar dois anos afastada do esporte. Após um início promissor, a paulista de São Carlos se consolidou como uma das principais estrelas do atletismo do país. Com o ouro no salto em distância nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1999, Maurren virou esperança de medalha nos Jogos Olímpicos de Sydney, no ano seguinte. No entanto, decepcionou na Austrália ao se lesionar na hora da execução salto e não passou de um 25º lugar.

No ciclo olímpico seguinte, Maurren foi à sua primeira competição importante na capital chinesa. Na Universíade de 2001, faturou o ouro no salto em distância, prata nos 100m com barreiras e bronze no revezamento 4x100m. A brasileira seguiu colecionando bons resultados e em 2003 tinha tudo para conquistar o ouro no Pan de Santo Domingo. Estabeleceu a melhor marca daquele ano no salto em distância e foi bronze no Mundial Indoor de Birmingham, na Inglaterra.

Porém, a atleta sofreu um duro golpe pouco antes de embarcar para a competição na República Dominicana. Um exame antidoping havia acusado a presença de clostebol na amostra colhida durante o Troféu Brasil daquele ano. A atleta afirmou que a substância estava presente em um creme cicatrizante, mas o argumento não sensibilizou as autoridades do esporte.

Suspensa, Maurren perdeu o Pan e os Jogos de Atenas, e optou por se afastar das pistas e dar mais atenção à sua vida pessoal. Na época, ela era casada com o ex-piloto de Fórmula 1 Antônio Pizzonia, com quem teve uma filha. No entanto, a atleta mudou de idéia e resolveu retomar a carreira em 2006. No ano seguinte, mostrou que ainda era uma das melhores do salto em distância e foi ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio.

Em junho de 2008, Maurren estabeleceu a terceira melhor marca do mundo no ano até então, com 6m99. A brasileira estava atrás apenas dos 7m04 da russa Lyudmila Kolchanova e os 7m12 da portuguesa Naide Gomes, que sequer passou na eliminatória.

CLICRBS E INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA EFE
 
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