O governo da Coréia do Sul questionou neste sábado, dia 8, a maneira como os Estados Unidos estão lidando com a crise nuclear no vizinho do Norte e declarou temer que emoções estejam interferindo na diplomacia. O governo do Sul ressaltou que o Iraque e a Coréia do Norte "são diferentes''.

Ao falar sobre os preparativos para a possível guerra no Iraque, o presidente norte-americano, George W. Bush, declarou que todas as possibilidades estavam abertas para acabar com o impasse em relação à suspeita de fabricação de armas nucleares na Coréia do Norte. Antes disso, Pyongyang havia ameaçado os EUA com "tragédias nucleares horríveis'' no caso de um ataque.

Na última quarta, dia 5, o secretário de Defesa americano, Donald Rumsfeld, classificou como perigosa a declaração da Coréia do Norte de estar se preparando para reativar instalações nucleares e disse que as forças americanas estavam prontas para enfrentar o "regime terrorista'' se fosse necessário. Em rara crítica aos EUA, seus aliados há mais de 50 anos, o Partido Democrático do Milênio, no poder na Coréia do Sul, declarou em comunicado estar atento à verdadeira intenção dos comentários de Bush e de Rumsfeld.

– A Coréia do Norte e o Iraque são diferentes. Queremos deixar bem claro que não deve haver erros na hora de tomar decisões. As atividades recentes da Coréia do Norte não devem ser elogiadas, mas só podemos expressar preocupação a respeito da interferência das emoções americanas na busca de solução para o problema nuclear do Norte – diz o comunicado.

Bush declarou esperar que o problema pudesse ser resolvido por meios diplomáticos e reforçou a afirmação de que os Estados Unidos não têm intenção de atacar a Coréia do Norte. Mas disse também que outras alternativas estão em aberto. As informações são da agência Reuters.