Inspetores de armas da Organização das Nações Unidas chegaram ao Iraque neste sábado, dia 8, para negociações decisivas a respeito do desarmamento do país. Enquanto isso, os Estados Unidos insistem na idéia de que o movimento em favor de uma possível guerra no Iraque não deve esfriar.

Hans Blix e Mohamed ElBaradei, chefes dos inspetores de armas da ONU, chegaram a Bagdá para dois dias de negociações e não fizeram previsões sobre o desfecho de sua missão, que precede a divulgação do novo relatório ao Conselho de Segurança da ONU, marcada para a próxima sexta, dia 14. O informe pode dar início à contagem regressiva para a invasão do Iraque liderada pelos EUA, com intuito de eliminar do país suas possíveis armas de destruição em massa.

O secretário de Defesa americano, Donald Rumsfeld, disse neste sábado, durante uma conferência de segurança em Munique, na Alemanha, que Washington ainda espera que a guerra não seja necessária, mas que o mundo está falando sério quando diz que vai desarmar o Iraque.

– Ninguém deseja a guerra. Essa nunca é uma decisão fácil, nem a primeira escolha. Mas os riscos da guerra precisam ser pesados junto com os riscos de não se fazer nada enquanto o Iraque dá prosseguimento a seus programas de armas de destruição em massa – declarou ele. – Não estamos falando de meses ou de anos, mas sim de dias ou semanas. Logo saberemos se o país está disposto a cooperar ou não.

Rumsfeld disse ainda que o fato de a Otan não ter chegado a um acordo no que diz respeito ao planejamento de táticas de defesa mínimas para a Turquia, vizinha do Iraque, pode tirar credibilidade da aliança ocidental. Classificou as objeções da França, da Alemanha e da Bélgica como "indesculpáveis.'' As informações são da agência Reuters.