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 | 24/07/2008 11h41min

Tablóide indenizará Max Mosley por escândalo de orgia nazista

Presidente da FIA destacou que reportagem foi uma "invenção sem justificativa"

O jornal britânico News of the World terá que indenizar o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, em 60 mil libras (R$ 187,96 mil) por publicar que o dirigente participou de uma orgia com temática nazista, decidiu nesta quinta um juiz do Reino Unido.

Mosley, filho do famoso líder fascista britânico dos anos 30 Oswald Mosley, disse que sua vida foi arrasada depois que o tablóide divulgou em seu site, em março, o vídeo de seu encontro sexual com cinco prostitutas em um apartamento em Londres. O News of the World, edição dominical do jornal sensacionalista The Sun, descreveu o encontro como "uma orgia nazista repulsiva".

Em sua decisão, o juiz do Tribunal Superior de Justiça responsável pelo caso disse não ter encontrado indícios de que o encontro, realizado em 28 de março, tivesse intenção de ser uma exaltação da conduta nazista, já que não adotou qualquer de suas práticas ou os participantes se passaram por vítimas do Holocausto.

O magistrado destacou ainda que sua decisão não tinha nada de "histórica", mas simplesmente a aplicação dos princípios estabelecidos.

— Estou encantado com a decisão, que é devastadora para o News of the World. Demonstra que sua mentira nazista foi uma total invenção sem justificativa — comemorou Mosley, após saber da decisão judicial.

— Também mostra que não tinham o direito de entrar em uma propriedade privada e tirar fotos e fazer gravações de adultos envolvidos em atos que não dizem respeito a ninguém, exceto a eles mesmos — acrescentou.

Já o editor do jornal, Colin Myler, disse que a imprensa britânica era "menos livre hoje", após outra decisão judicial baseada nas leis sobre intimidade "vindas da Europa".

O presidente da FIA, de 68 anos, confirmou que se tratava de uma sessão sadomasoquista privada e pactuada, mas negou a temática nazista, e processou o jornal por invasão de privacidade. Seu advogado, James Price, disse que essa intromissão, "flagrante e indefensável", foi consideravelmente agravada pela sugestão totalmente falsa de que Mosley representava o papel de comandante de um campo de concentração e de um preso do campo que se encolhia de medo.

EFE
 
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