| 31/01/2003 19h51min
Na próxima semana, o ministro dos Transportes, Anderson Adauto, repassa à comissão catarinense que acompanha o processo de duplicação da BR‑101 um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que aponta uma economia de US$ 300 milhões no custo da obra. A diferença é em relação ao edital da duplicação, que estima que a ampliação da rodovia entre Palhoça (SC) e Osório (RS) custaria US$ 1,1 bilhão.
Nesta sexta, dia 31, o ministro esteve reunido em Brasília com a comissão catarinense e disse que a licitação só será lançada após a análise dos custos. A senadora diplomada Ideli Salvatti (PT‑SC), que esteve na reunião, disse que, caso fique comprovado o superfaturamento, será necessária a redação de um novo edital.
– Se ficar comprovada a diferença, ninguém vai defender a realização da obra – ponderou Ideli em entrevista à rádio CBN/Diário.
A senadora acrescentou ainda que a diferença de US$ 300 milhões seria suficiente para duplicar a BR-470 e concluir a BR-282 em Santa Catarina.
No dia 25 de fevereiro, está agendada a primeira reunião da comissão catarinense com o Ministério dos Transportes para avaliar o destino do atual edital. A senadora também sugere que medidas emergenciais deveriam ser tomadas para reduzir o perigo que é trafegar no trecho de pista simples da 101.
Ela cita a solução paliativa adotada entre Morro da Fumaça e Criciúma, onde o acostamento foi nivelado. O problema é que o trecho está sem o acostamento. Antes de se repetir esse sistema em outros trechos perigosos, Ideli recomenda que sejam analisados os números da Polícia Rodoviária Federal entre Morro da Fumaça e Criciúma e conferir se realmente compensa abolir o acostamento.
Adauto também sugeriu que os técnicos visitassem Furnas (MG), onde funciona um centro de estudos sobre pavimentação de solo. As novas técnicas poderiam ser aplicadas na 101 a um custo menor e com alta qualidade.
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