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Filha de Che Guevara defende o exemplo cubano

Médica Aleida Guevara disse que há um regime democrático diferente no país

Aleida Guevara, a filha do revolucionário Ernesto Che Guevara, concedeu testemunho na tarde desta segunda-feira, dia 27, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), uma das sedes do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. A médica cubana enfatizou em suas palavras a autonomia do povo do país centro-americano. Ela disse que, se por uma eventualidade Cuba vier a perder o seu comandante, Fidel Castro, o povo terá de seguir adiante para manter a política e a independência do país fundamentada no socialismo.

Bastante aplaudida, ela falou sobre a evolução histórica de Cuba, destacando o período que começou com a revolução, 1959, em que o país sofreu com a opressão norte-americana e com o embargo comercial. Aleida atestou que estas dificuldades não impediram Cuba de passar para uma situação de auto-suficiência, chegando a ter hoje mais de 60 mil profissionais de saúde, ou um médico para cada grupo de 170 habitantes.

A filha de Che relatou que em seu país não há registro de criança com fome, nem de analfabetismo, já que todas as crianças em idade escolar conseguem vagas nas escolas. 

Ao defender a realidade cubana, Aleida Guevara afirmou que o regime do país é um tipo ''diferente'' de democracia.

– Não há partidos, é o povo que indica seus candidatos – disse.

Aleida explicou que, a cada cinco anos, os cubanos votam em uma lista de candidatos para os cargos de dirigentes provinciais e nacionais, e o Conselho Nacional – responsável pela indicação do presidente da República – é indicado pela Assembléia Nacional, instância que corresponderia ao Senado e a Câmara Federal no Brasil.

Mesmo sem fazer qualquer crítica direta, Aleida admitiu a existência de equívocos na política cubana.

– A Revolução Cubana é feita por homens que também cometem erros. Nossa virtude é fazer as correções dentro do mesmo processo – argumentou a pediatra.

Em seu recado final, Aleida sugeriu aos jovens que tomem bandeiras nas mãos e lutem por seus direitos. Em relação ao futuro do Brasil, ela disse ter expectativas em relação ao governo Lula e lembrou que seu país é um exemplo de força contra a opressão norte-americana.

As informações são da Agência Brasil e Reuters.

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