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Parceria e autonomia. Dessa forma, o coordenador-geral do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, descreveu como será a relação do movimento com o governo Luiz Inácio Lula da Silva.
– Vamos ajudar o governo Lula em tudo o quer for necessário para haver mudanças sociais. O povo votou nele para mudar – afirmou neste sábado, da 25, o coordenador-geral do MST durante o 3º Fórum Social Mundial, em Porto Alegre.
Stédile acrescentou que o MST vai manter sua autonomia para conscientizar, mobilizar e organizar o povo.
– Nenhuma mudança ocorreu no mundo sem que houvesse participação popular – ressaltou.
O coordenador disse esperar que o novo governo acelere o processo de desapropriações de terras para que a reforma agrária ocorra sem conflitos. Segundo ele, "no governo anterior, cada ocupação virava um embate com o governo, agora nós esperamos que, mesmo quando ocorram ocupações, elas se transformem em processos de pressão social para que o governo resolva de uma maneira mais rápida o problema, ou para chamar a atenção da população brasileira sobre a gravidade da pobreza no meio rural".
Segundo Stédile, as ocupações, as marchas e os acampamentos devem continuar porque quando os problemas se agravam a população reage e vai pressionar alguém.
Durante o Fórum Social Mundial, o MST e outras organizações de trabalhadores rurais se colocaram contra a assinatura no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) de acordos ligados à agricultura. Uma das alegações é que a OMC não faz parte do sistema das Nações Unidas.
Hoje no país, de acordo como coordenador no MST, existem 4,5 milhões de famílias sem terra. Cem mil famílias estão acampadas e 350 mil famílias já foram assentadas. As informações são da Agência Brasil.
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