| 25/01/2003 12h56min
Os Estados Unidos contam com o apoio de "pelo menos uma dúzia" de governos, se decidirem atacar o Iraque sem uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), declarou neste sábado, dia 25, o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell.
Segundo ele, esses governos, que não foram detalhados, assim como o americano, prefeririam que o Conselho de Segurança da ONU apoiasse o uso de força contra o Iraque, mas não insistiriam na idéia.
– Há um número razoável de países que já indicaram que gostariam de ver essa resolução, mas sem ela ficarão do nosso lado – disse Powel ao se dirigir ao Fórum Econômico Mundial, em Davos.
O único país que deslocou tropas para a região do Iraque, ao lado dos EUA, foi a Grã-Bretanha.
Powell desafiou os membros do Conselho de Segurança que, em 8 de novembro, votaram em uma resolução que ameaçava o Iraque com "conseqüências sérias", mas que agora demonstram reservas em relação ao ataque.
– Não podemos ter medo de seguir este caminho porque a coisa vai ficar feia. Vocês deveriam ter imaginado que essa era uma possibilidade quando assinaram e apoiaram a resolução 1.441 da ONU – disse.
A França, a Rússia, a China e a Alemanha, todos membros do Conselho de Segurança, externaram suas inquietações nesta semana a respeito do conflito iminente, exigindo que os inspetores de armas possam dar continuidade a seu trabalho de procurar armas de destruição em massa no Iraque.
A estratégia do governo americano é mostrar que o presidente iraquiano, Saddan Hussein, está tratando a atual equipe de inspeção da mesma maneira que tratou aquela que trabalhou no país de 1991 a 1998, quando foi retirada do Iraque por falta de condições de trabalho.
O presidente americano, George W. Bush, repetidas vezes declarou que, se Saddam Hussein não se desarmar por conta própria, o fará à força.
Powell fará uma palestra em Davos, no domingo, a respeito deste assunto. Na terça à noite, o dia seguinte à data marcada para a apresentação do relatório dos inspetores da ONU, Bush fará seu discurso anual ao Congresso.
Powell não deu indicação de quanto tempo o presidente Bush pretende esperar antes do ataque, mas deu a entender que nada acontecerá antes do encontro com o primeiro-ministro britânico Tony Blair, que ocorrerá nos EUA, em 31 de janeiro. As informações são da Reuters.
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