O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, nomeou neste domingo, dia 19, um novo ministro do Interior e substituiu o chefe do Exército, colocando generais leais em postos vitais, no momento em que luta para acabar com a greve da oposição. Chávez, que tem tirado oponentes das Forças Armadas desde que sobreviveu a um golpe de Estado em abril do ano passado, disse que seu governo usaria "tudo o que tivesse" para tentar derrotar a paralisação convocada por líderes da oposição, que o pressionam a renunciar e antecipar as eleições. O movimento avança pelo 49º dia.

– Aqueles que estão tentando se livrar de mim pela força, por meio de um golpe militar ou de uma golpe econômico, ou ainda criando o caos, não irão ter sucesso – desabafou o presidente durante seu programa semanal para a rádio e a televisão, "Alô, presidente." O líder venezuelano prometeu que seu governo recorreria a invasões militares de empresas privadas caso fosse necessário.

A greve interrompeu a produção de petróleo e as exportações no 5º maior exportador do produto no mundo. Também causou escassez de gasolina, gás de cozinha, alguns produtos de alimentação, deflagrando saques em algumas cidades e vilarejos.

Chávez nomeou o general Lucas Rincon, um ex-ministro da Defesa e ex-chefe das Forças Armadas como ministro do Interior, e o general Jorge Garcia Carneiro, como novo chefe do Exército – a mais poderosa das Formas Armadas – substituindo o general Julio Garcia, no posto desde o golpe de abril.

Ambos os generais são aliados próximos de Chávez, ex-membro do Exército.

As informações são da agência Reuters.