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Tropas israelenses mataram nesta quarta, dia 15, três palestinos na Cisjordânia e começaram a demolir as casas de Jerusalém Oriental que pertenciam aos militantes responsáveis por um atentado. O Exército fechou a Universidade Islâmica e o Instituto Politécnico, em Hebron, afirmando que tais instituições funcionavam como "um ninho de ataques terroristas''. O fechamento provocou confrontos e a imposição de toque de recolher.
Em Jerusalém, pelo menos uma casa foi demolida. Outras três foram lacradas. Todas eram usadas por uma célula do Hamas, responsável por uma série de atentados, inclusive o de julho, numa lanchonete da Universidade Hebraica, no qual morreram sete pessoas. A prática de demolir casas de militantes é frequentemente usada por Israel, mas é a primeira vez que isso acontece em Jerusalém Oriental, onde os moradores árabes têm documentos israelenses e podem, se quiserem, solicitar a cidadania local.
Em Tulkarm, um jovem de 16 anos foi morto quando jogava pedras e explosivos contra os militares. Outro palestino, da mesma idade, morreu mais tarde, quando violou o toque de recolher.
Em Qabatiya, uma aldeia no norte da Cisjordânia, os militares mataram um homem durante o cerco a uma casa. Segundo os vizinhos, a vítima tinha problemas mentais e foi abatida quando saiu de casa para ver a ação dos soldados.
Os dois militantes das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa que estavam cercados na casa se renderam após um rápido tiroteio. O Exército disse que matou o vizinho porque pensou que ele levasse explosivos atados ao corpo. Ele teria ignorado as ordens para parar.
Nessa terça, em Londres, mediadores internacionais encerraram uma conferência de paz, pedindo a Israel que não prejudique as reformas na Autoridade Palestina e os palestinos que se empenham em conter a violência. Os palestinos participaram por videoconferência do encontro, uma vez que foram proibidos por Israel de viajar à Grã-Bretanha, apesar do apelo feito pelo primeiro-ministro Tony Blair.
A atual fase do conflito começou em setembro de 2000 e já resultou na morte de 1.782 palestinos e 694 israelenses.
As informações são da agência Reuters.
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