| 03/01/2003 11h32min
As forças norte-americanas devem cercar Bagdá e outras cidades iraquianas, mas provavelmente vão evitar combates nas ruas no estágio inicial de uma eventual guerra contra o Iraque, disse o ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz, em uma entrevista publicada nesta sexta, dia 3. Ele também reiterou a promessa israelense de ficar de fora de um conflito armado no Golfo liderado pelos Estados Unidos, a não ser que o Iraque ataque Israel com armas de destruição em massa.
Mofaz conversou no mês passado em Washington com lideranças norte-americanas envolvidas nos preparativos para uma campanha militar contra o Iraque, que teria o objetivo de acabar com o programa de armas nucleares, biológicas ou químicas do presidente Saddam Hussein.
– Não é uma guerra nossa, e durante a minha visita aos Estados Unidos eu deixei claro que não iremos tomar a iniciativa ou intervir. Mas, se formos atacados durante a operação, teremos todo o direito do mundo de proteger os cidadãos israelenses. Se usarem armas químicas ou biológicas contra nós, acredito que teremos que responder – disse Mofaz, repetindo as declarações do primeiro-ministro Ariel Sharon.
No entanto, Mofaz disse que a capacidade do Iraque de lançar mísseis ou ataques aéreos contra Israel é limitada. A maioria dos especialistas acredita que o Iraque não tem mais o mesmo arsenal de mísseis usado na Guerra do Golfo de 1991, na qual lançou 39 Scuds contra Israel, causando uma morte e danos materiais em áreas residenciais.
Mofaz disse que os militares israelenses pretendiam fazer no domingo o primeiro teste com sistema Arrow, projetado para interceptar mísseis balísticos que o Iraque possa lançar. Na entrevista, Mofaz disse esperar que os aviões norte-americanos destruam todos os lançadores de mísseis, fixos ou móveis, encontrados por aviões de reconhecimento ou satélites. As informações são da agência Reuters.
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