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A Venezuela encerrou 2002 com a taxa de inflação mais alta dos últimos cinco anos, de 31,2%, em meio a uma grave recessão econômica e uma forte desvalorização da moeda local, informou nesta quinta, dia 2, o banco central do país. A variação do índice de inflação supera em mais que o dobro a taxa de 12,3% registrada no ano anterior.
O governo do presidente Hugo Chávez, que enfrenta uma greve geral há 32 dias de opositores que desejam sua renúncia, havia previsto inflação de cerca de 30%. O bolívar sofreu uma desvalorização de 46% em 2002, ano de grande volatilidade em que a moeda foi vítima de constante inquietude política e a adoção de um sistema de flutuação.
Na economia da Venezuela, quinto exportador mundial de petróleo, a desvalorização tem um alto impacto nos preços em razão da alta dependência de produtos estrangeiros para consumo e manufatura dos bens regionais. O banco central informou em um comunicado que a inflação para o mês de dezembro foi de 1%, frente a 0,7% em dezembro de 2001. O indicador mostra desaceleração em relação a novembro, quando ficou em 1,6 por cento.
O BC venezuelano destacou que a estimativa do Índice de Preços ao Consumidor foi atípica devido à greve geral iniciada em 2 de dezembro, que "causou impacto parcial nos sistemas de produção de bens e serviços e transporte de carga''. Esse efeito ``se refletiu no fechamento temporário de estabelecimentos, no incremento compulsivo da demanda por produtos básicos e, consequentemente, em um certo grau de escassez dos mesmos'', acrescentou o comunicado. As informações são da agência Reuters.
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