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 | 13/04/2008 13h34min

Krieger: manter Roth foi uma questão de convicção

Novo diretor de futebol diz que não há outro treinador de destaque ao alcance do Grêmio

O novo diretor de futebol do Grêmio, André Krieger, explicou neste domingo a decisão de manter o técnico Celso Roth no comando do time. Em entrevista ao programa Sala de Domingo, da Rádio Gaúcha, Krieger assumiu a decisão, dizendo que ela se deve às suas convicções pessoais:

— Futebol é feito de convicção. Ontem nós conversávamos sobre o Celso Roth, com quem já trabalhei em 1999. Reconheço nele muitas virtudes. É um homem trabalhador, sério, conhece futebol. Tem lá seus problemas de relacionamento, que é um ponto negativo em seu favor. Ontem, eu reiterei a ele a importância deste momento. Porque, para mim, politicamente, seria muito mais fácil tirar o treinador. E estaria indo ao encontro da vontade da torcida, mas contra a minha convicção e também do Grêmio.

A permanência de Celso Roth foi definida após uma reunião na casa de André Krieger, na noite de sábado. O encontro, segundo o dirigente, se estendeu das 20h até a 1h30, com a presença do próprio técnico, além do presidente do conselho deliberativo, Raul Régis de Freitas Lima, e do ex-presidente Fábio Koff.

— Estou mantendo o Celso Roth pela convicção de que ele conhece o elenco do Grêmio, já está aí há 53 dias, isto é importante. Além disso, não temos outro treinador de destaque para assumir tal posição, que não fosse controvertido, pelo menos que estivesse financeiramente ao nosso alcance financeiro. (...) O restabelecimento da relação do Celso com o torcedor vai se dar, necessariamente, através de vitória. Mas é importante também que nós procuremos dar a ele as condições necessárias para ele desenvolver o seu trabalho — acredita.

A principal destas condições é a contratação de reforços. Os primeiros devem ser os meias Tcheco e Hugo. Krieger se nega a citar nomes, mas garante que contratações serão feitas:

— Entendemos que a manutenção do técnico é importante, mas também com ela a necessidade de dotar o grupo de jogadores de qualidade para que, aí sim, ele possa ser adequadamente avaliado. Se for o caso, e espero que isso não aconteça, aí sim ele sairia, mas com a certeza de que foi a melhor solução. (...) Temos que reforçar não só os 11, o time, mas o grupo de jogadores. Temos duas competições pela frente, entre elas o Campeonato Brasileiro, que nos é tão importante e pode nos levar à Libertadores.

Na reunião deste sábado, foram decididas "coisas importantes a serem implementadas a partir de segunda-feira". Entre elas, a definição de que o Grêmio vai treinar em Porto Alegre durante a intertemporada. Ao anunciar esta orientação, André Krieger aproveitou para pedir apoio do torcedor no início do trabalho.

— Entendemos que temos equipamento de última geração que não teríamos em nenhum outro lugar. E não temos por que fugir do nosso torcedor, do nosso associado. Devemos a ele toda a explicação possível. Queremos trabalhar neste um mês ao lado do nosso torcedor. Peço a ele um voto de confiança. Peço para mim, pois o presidente já tem crédito, que remonta à Batalha dos Aflitos. (...) Temos um débito com o torcedor. Sabemos disso e estou disposto a saldá-lo, custe o que custar. E se não conseguir, assim como estou entrando, estou saindo.

Ficou definido também que o assessor Rodrigo Caetano receberá poderes para trabalhar de forma mais efetiva no futebol. Está evidente que o Grêmio quer descentralizar o poder, por muito tempo tão concentrado na figura de Paulo Pelaipe.

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