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Depois de ser diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste sábado, dia 14, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu uma espécie de ultimato para que o PMDB decida se quer ou não fazer parte do governo.
– Não haverá barganhas. Eu quero que o PMDB participe do governo, mas o partido tem maioridade para dizer se quer ou não quer. Nós não vamos ficar presos nem ao PMDB, nem ao PT, nem a qualquer outro partido. Nós vamos é montar o governo –, disse Lula a jornalistas depois de almoçar com os ministros do TSE em um restaurante em Brasília.
O PMDB está cotado para assumir dois ministérios ainda não definidos. A notícia de que um deles poderia ser o dos Transportes, reduto tradicional do partido, não foi bem recebida pelo PT. Recaem sobre a condução do ministério pelo PMDB suspeitas de corrupção, principalmente no extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER).
O presidente eleito confirmou que vai anunciar outros nomes de seu ministério na semana que vem, mas não quis adiantar nenhum indicado. Ele se recusou a dizer se convidou o economista Carlos Lessa, reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para o cargo de ministro do Planejamento, ou se iria chamar o cantor e compositor Gilberto Gil para o Ministério da Cultura. Ele negou que esteja sofrendo pressões dos partidos na montagem do governo e que haja qualquer discriminação partidária na escolha dos ministros.
A diplomação neste sábado, marcada pela emoção e o choro incontido de Lula, foi presenciada por presidentes dos partidos aliados, como Leonel Brizola, do PDT, e por nomes cotados para o ministério, como o jurista Márcio Thomaz Bastos, que confessou estar inclinado a aceitar um eventual convite.
Lula qualificou de um desabafo pessoal seu choro ao dizer que, enquanto muitos reclamavam que ele não tinha diploma (de curso superior), estava recebendo agora o diploma de presidente da República.
– Pobre do político que não tem capacidade de chorar, disse a jornalistas ao sair do restaurante.
Com informações da Agência Reuters.
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