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Depois de recusar o Ministério das Comunicações, oferecido pelo PT, o PDT admite a possibilidade de ficar sem representantes na equipe ministerial do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e se prepara para indicar o presidente de uma estatal a ser definida.
O presidente nacional da sigla, Leonel Brizola, aposta numa reacomodação futura entre os aliados, com base na previsão de que a lua-de-mel entre Lula, o empresariado e os partidos de centro deve durar no máximo oito meses.
Em conversa com o coordenador político da equipe de transição do governo eleito, deputado reeleito José Dirceu (PT-SP), e com o presidente nacional do PT, deputado José Genoino (SP), Brizola disse que o apoio a Lula independe do ministério a ser ocupado pelo PDT.
Os pedetistas preocuparam-se em não passar a impressão de que estariam vetando o líder do PDT na Câmara, Miro Teixeira (RJ), nome preferido do PT para as Comunicações. Em 2001, Miro tentou fechar uma aliança com o atual presidente eleito no primeiro turno da disputa presidencial. Foi vencido pela corrente favorável ao apoio ao ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes, e mantém-se afastado das negociações.
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