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 | 09/12/2002 17h07min

OIT registra maior desemprego em 22 anos

Argentina teve maior índice, de 21,5% nos nove primeiros meses de 2002

O desemprego na América Latina atingiu seu maior patamar em 22 anos, nos primeiros nove meses de 2002. A taxa chegou a 9,2% da população economicamente ativa, ou 17 milhões de pessoas, disse nesta segunda, dia 9, a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

– Uma desaceleração econômica geral e fortes recessões em alguns países foram responsáveis por indicadores de emprego mais fracos, em especial, alto desemprego e menores rendas –, disse a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) em um comunicado.

A taxa de desemprego nas cidades da região nos primeiros nove meses de 2001 foi de 8,1%, aponta a OIT. Em 2001, foi 8,3%. Segundo o diretor do escritório da OIT no Chile e responsável pela elaboração do relatório regional do trabalho divulgado nesta segunda-feira, Ricardo Infante, houve grandes mudanças na região. Infante afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) regional avançou no ano passado 0,5%, mas a estimativa para este ano é de contração em torno de 0,8%, o que, segundo ele, significa que existe menos demanda por parte dos consumidores e menos empregos formais. Infante acresentou que existem menos empregos e os existentes estão pagando um salário menor. Para ele, os salários mínimos podem cair 0,9% este ano, após terem avançado 3,0% em 2001.

A OIT também prevê que a taxa de desemprego para todo o ano fique em 9,3%, mas disse que as tendências pessimistas sobre o emprego podem ser revertidas no ano que vem para 8,6%.

De acordo com o estudo da OIT, realizado em 12 países, a Argentina – que no ano passado declarou a maior moratória da dívida da história – teve o maior desemprego da região, avançando para 21,5% nos nove primeiros meses do ano, comparados com os 16,4% registrados no mesmo período de 2001.

A taxa de desemprego também subiu na maior economia da região, o Brasil, para 7,3%, e na Venezuela, para 15,5%. Uruguai, Peru e Costa Rica também registraram aumento nos índices. O desemprego no México foi de apenas 2,8% nos primeiros três trimestres do ano, acima dos 2,4% registrados no mesmo período de 2001. A taxa de desemprego caiu no Equador, na Colômbia, no Panamá, em El Salvador e no Chile, acrescentou a OIT. Na terça-feira, a OIT inicia seu encontro anual para a América Latina e o Caribe.

As informações são da Agência Reuters.


 
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