O governo argentino afirmou nesta segunda, dia 2, prever que o peso continuará estável frente ao dólar, apesar da eliminação de barreiras para a retirada de dinheiro dos bancos, medida que gerou uma maior liquidez em moeda local no mercado.

– Nós acreditamos que a liberação do sistema financeiro gere uma grande ação especulativa para desequilibrar o câmbio – afirmou o chefe do Gabinete de ministros, Alfredo Atanasof.

Ele acrescentou que "o banco central tem controle da situação, tem recursos e tem elaborada uma estratégia para evitar que o equilíbrio que alcançamos seja perdido''. A partir desta segunda-feira, os argentinos dispõe da totalidade de seus depósitos em conta corrente e poupança. Até a semana passada existia um limite de saque em dinheiro de 2 mil pesos (US$ 546) por mês. Nas ruas de Buenos Aires, formavam-se filas de até cem metros em alguns bancos, à espera da abertura do mercado cambial às 11h (horário de Brasília).

O peso se mantém estável desde julho, em torno de 3,50 a 3,75 unidades por dólar, devido a uma agressiva política de intervenção do banco central. Roberto Feletti, presidente do estatal Banco Cidade, avaliou que ''não estamos prevendo nenhuma anormalidade... Se houver alguma pessoa ou empresa que queira destinar parte desse dinheiro para a compra de dólares, não deverá haver maiores sobressaltos''.

– O (banco) central tem reservas para impedir uma especulação de curto prazo – afirmou.

As informações são da agência Reuters.