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Depois do governador de Minas Gerais, Itamar Franco, protestar contra a não liberação de uma verba federal para o Estado, foi o vez do líder do governo na Câmara, deputado Arnaldo Madeira (PSDB), e do do presidente do PT, José Dirceu, responderem às acusações. Madeira não poupou críticas a Itamar, acusando-o de ter quebrado Minas Gerais durante os quatro anos em que governou o Estado e de "agora sair atirando, como de costume".
– É dessa forma que o governador costuma esconder a incompetência administrativa – disse Madeira, que acusou o governador de fazer bravata mais uma vez.
Já Dirceu, disse que a decisão de editar ou não a medida provisória que liberaria a verba é do atual presidente Fernando Henrique, cabendo ao novo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a responsabilidade de cumpri-la.
Nesta sexta, dia 29, o governador mineiro divulgou nota em que protesta contra a não assinatura da MP, que, segundo ele, asseguraria a Minas R$ 1,2 bilhão com a devolução de gastos com obras em rodovias federais.
No documento, Itamar não poupou nem o PT, seu aliado e de cujo governo deverá participar a partir do ano que vem. A ira do governador se deve ao fato de o partido supostamente ter vetado MP.
– É lamentável o não cumprimento do compromisso assumido pelo presidente da República comigo e com o governador eleito, Aécio Neves. E o que é mais constrangedor, pelo empenho que fizemos pela candidatura Lula, é o PT nos tratar como adversário – diz a nota.
– O que nos resta perguntar é quem é afinal, hoje, o presidente da República: o ex-prefeito de Ribeirão Preto ou o professor Fernando Henrique?– questiona o governador na nota.
Ele também responsabiliza o PT por prejudicar 1,2 milhão de pessoas que seriam beneficiadas com a liberação do dinheiro e diz que irá entrar com ações no Supremo Tribunal Federal na próxima segunda, dia 2, para garantir o repasse.
Um dos principais defensores da candidatura Lula, Itamar articulou a edição da MP junto a FH e ao futuro governador mineiro, Aécio Neves (PSDB). Pelo texto, o governo federal liberaria recursos para manutenção de rodovias federais (R$ 1,2 bilhão) que seriam usados para o pagamento do 13º salário.
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