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O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela convocou para 2 de fevereiro de 2003 um referendo que perguntará à população se Hugo Chávez deve ou não renunciar voluntariamente à Presidência. O referendo não tem valor legal, e Chávez já disse que não acatará o resultado, mas a oposição espera que uma derrota do presidente crie um fato político que o obrigue a deixar o governo. A votação coincidirá com o quarto aniversário da posse do presidente.
A Comissão Eleitoral tomou a decisão de convocar o referendo, na madrugada de quinta, dia 28, a partir de um pedido de vários grupos de oposição, com mais de 2 milhões de assinaturas. Os inimigos de Chávez o acusam de estar instaurando um regime comunista similar ao cubano na Venezuela e de ter provocado uma aguda crise econômica no país, que é o quinto maior exportador mundial de petróleo.
A realização do referendo deve ser alvo agora de uma batalha legal. Um dos membros da Comissão Eleitoral, Rómulo Rangel, já disse que a convocação foi "absolutamente apressada'', sem a devida verificação das assinaturas que constam no pedido. Chávez, que em abril sobreviveu a uma tentativa de golpe militar, disse no domingo que não renunciará "nem mesmo se (a oposição) conseguir 90% nesse referendo''.
Ele argumenta que a Constituição, escrita já no seu governo, prevê a realização desse tipo de referendo apenas a partir da metade de seu mandato, em agosto de 2003. Ainda não se sabe se, com a convocação do referendo, a oposição vai suspender uma greve geral marcada para segunda-feira e apontada como "golpista'' pelo governo. As informações são da Reuters.
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