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O presidente Fernando Henrique fez um apelo aos organismos internacionais para que ajudem a Argentina a sair da crise. FH encerra neste sábado, dia 16, sua participação na XII Conferência de Chefes de Estado e de Governo Ibero-americanos, em Bávaro, na República Dominicana.
Ele se encontrou neste sábado com o colega argentino, Eduardo Duhalde, e saiu do encontro convencido de que se não for realizado um "gesto histórico" pelos países vizinhos, os argentinos não conseguirão superar a crise.
– Eles (os argentinos) estão insistindo que o problema deles não é de moratória, é de falta de recursos para pagar porque ficariam com um nível de reservas. Uma coisa é a decisão política de não pagar, outra coisa é dizer que não há dinheiro e pedir ajuda – avaliou.
FH voltou a cobrar da comunidade ibero-americana uma ajuda mais enérgica para o governo argentino.
– Se eles não tiverem esse apoio, não têm como sair da situação em que estão. É uma espécie de círculo vicioso: o apoio não é dado porque há o problema de não serem adimplentes e eles não podem ser adimplentes enquanto não houver uma confiança maior demonstrada – disse.
O presidente garantiu que o Brasil fará sua parte nas conversações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para ajudar o governo argentino. Ele lembrou que o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Enrique Iglesias, também está preocupado com a questão e, na avaliação do presidente, o governo norte-americano também poderá ter papel mais decisivo na definição do que fazer com a Argentina a partir de conversas com o Brasil.
– Nós não podemos deixar que um país da importância da Argentina e com potencial de crescimento efetivo que tem fique simplesmente à margem do sistema financeiro internacional – resumiu.
As informações são da Agência Brasil.
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