O PT vai definir se haverá um representante do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, nas reuniões da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) que estão previstas para a próxima semana em Brasília. O Fundo teria afirmado que gostaria de ter encontros com integrantes do novo governo, mas, para o coordenador da equipe de transição, Antônio  Palocci, esta questão depende de decisão do próprio Lula.

Uma equipe do FMI vem ao país para fazer a primeira revisão do novo acordo, que disponibilizou US$ 30 bilhões em empréstimos do Fundo ao Brasil. Nesta manhã, Palocci conversou sobre a política de preços dos combustíveis com Francisco Gros, presidente da Petrobras. O coordenador não deu detalhes sobre a conversa, mas disse aos jornalistas que não há necessidade de novos reajustes nos preços dos combustíveis já que a cotação do dólar vem caindo nos últimos dias.

Palocci afirmou ainda que o objetivo principal da equipe de transição será criar as condições mínimas para que o novo governo possa, já em janeiro, começar a trabalhar nas duas prioridades apontadas por Lula: o controle da inflação e projetos sociais de emergência, como o combate à fome. O coordenador, que estava no Centro de Treinamento do Banco do Brasil, local onde funciona o escritório da equipe de transição, disse também que na reunião da próxima quinta-feira entre Lula, empresários, sindicalistas e representantes da sociedade civil serão discutidas as condições de preparação de um pacto social que teria início já em janeiro.

O presidente eleito e os demais representantes deverão buscar um consenso mínimo principalmente em torno das reformas tributária e da Previdência. Até agora, foram anunciados apenas sete nomes para integrar a equipe de transição, que pode ter até 50 pessoas, incluindo o coordenador. Segundo Palocci, os demais devem sair até quarta-feira. À tarde, ele deve visitar ministérios. As informações são da agência Reuters.