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As negociações sobre a Área de Livre Comércio das Américas foram o principal tema da agenda de transição da equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta, dia 30.
O assunto dominou a conversa de mais de uma hora entre Lula e a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Donna Hrinak, na tarde. Segundo Donna, as negociações de seu país com o novo governo brasileiro "serão duras, mas com boas perspectivas". A diplomata disse ainda que os mercados internacionais só irão sepultar a sensação de desconfiança que guardam sobre Lula no decorrer dos quatro anos de seu mandato.
Sobre a implantação da Alca, a embaixadora afirmou que hoje os próprios Estados Unidos ainda se interrogam sobre a viabilidade do acordo.
– Acho que muita gente pensa que os Estados Unidos estão chegando com um padrão fixo de negociação e não é bem assim. Sabemos que somos um país dentro de um grupo de 34 países, mas ainda temos várias perguntas sobre o que seria melhor para nós – afirmou.
Ela acrescentou que "o Brasil e os EUA precisam conversar muito para definir qualquer coisa a respeito da Alca".
A embaixadora não quis fazer comentários sobre as recentes declarações do secretário do Tesouro dos EUA, Paul O'Neill, de que o mercado observaria atentamente os primeiros discursos de Lula para se certificar de que ele "não é um louco".
Hrinak elogiou a "forma democrática" como ocorreram as eleições no Brasil e conversou com Lula sobre políticas sociais -como o projeto do PT sobre "segurança alimentar"- e formas de combate ao narcotráfico na América do Sul, principalmente nas regiões fronteiriças do Brasil.
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