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Negociação com FMI será retomada em novembro

O Fundo Monetário Internacional (FMI) saudou nessa segunda, dia 28, a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva como novo presidente do Brasil e disse que está ansioso para ajudá-lo a impulsionar as potencialidades econômicas do país. Horst Koehler, diretor-gerente da instituição, destacou o forte resultado eleitoral do novo presidente eleito. Em carta dirigida a Lula, ele diz que espera reunir-se com o presidente eleito e sua equipe econômica na primeira oportunidade que for conveniente e desejou-lhe sucesso no enfrentamento dos desafios que tem pela frente.

A primeira revisão do acordo de US$ 30 bilhões do Brasil com o FMI, assinado durante o período eleitoral, deve ocorrer a partir da segunda semana de novembro. A missão do Fundo ganha contornos políticos importantes. Ao contrário das anteriores que estiveram no país desde 1998 – quando o presidente Fernando Henrique Cardoso retomou entendimentos com o FMI –, desta vez a revisão do acordo será discutida com a participação de representantes do governo eleito. Fernando Henrique definiu que, no processo de transição de governo, o presidente eleito terá “opinião preponderante” em relação à revisão do acordo com o FMI.

As atenções estarão voltadas para o comportamento da dívida do setor público, um dos principais indicadores observados pelo Fundo e que pode, dependendo do resultado apurado, indicar a necessidade de alterar as metas de superávit primário de 2002 e 2003, de 3,88% e 3,75%, respectivamente. Uma avaliação positiva a propósito do cumprimento das metas fixadas para o período de janeiro a setembro deste ano é fundamental para credenciar o país a receber, no dia 6 de dezembro, a segunda parcela do empréstimo, estimada em US$ 3 bilhões.


 
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