| 27/10/2002 23h52min
O perfil do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já está definido. A pasta do Planejamento será uma das mais importantes, e o primeiro escalão será formado essencialmente por políticos, e não por técnicos.
A pasta do Orçamento, Planejamento e Gestão não será um superministério, mas terá papel fundamental. O anúncio da equipe para a transição deverá ser feito nesta terça, 28 de outubro. Esse grupo será liderado pelo presidente do partido, deputado José Dirceu, e integrado, entre outros, pelo senador eleito por São Paulo Aloizio Mercadante, os economistas Guido Mantega, Luiz Gonzaga Beluzzo e Luciano Coutinho e o vice-presidente da Federação das Indústrias de São Palo (Fiesp), Nildo Mazini.
Lula deve ainda divulgar um pacote de medidas emergenciais para acalmar o mercado, ganhando tempo para oficializar depois o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central (BC). Para o BC, já é consenso que os nomes devem ser de prestígio tanto no meio acadêmico como no setor privado e podem não ser do PT. Para a Fazenda, além do senador eleito Aloizio Mercadante, são cotados os ex-ministros João Sayad e Rubens Ricupero.
Alguns nomes que integram o primeiro escalão do PT dispensam apresentações, José Dirceu, além dos economistas Paul Singer e Belluzzo. Mas há nomes menos familiares, como o prefeito licenciado de Ribeirão Preto, Antonio Palocci, o secretário-geral do partido, Luiz Dulci, e o ex-deputado Luiz Gushiken. A equipe será suprapartidária. Os aliados – especialmente o PL e o PC do B – terão cargos no primeiro escalão, assim como indicados por PSB, PPS, PDT e dissidentes do PMDB.
• Acompanhe todos os números da apuração no especial Eleições 2002.
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